Edital do BNDES para óleo e gás será em setembro

14/08/2012 08:13

 

Inova Petro quer incentivar novos polos industriais além do eixo Rio-São Paulo

Prédio do BNDES no Rio de Janeiro

Prédio do BNDES no Rio de Janeiro (Vanderlei Almeida/AFP)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está disposto a utilizar diferentes instrumentos financeiros para estimular a indústria nacional fornecedora de bens e serviços ao setor de petróleo e gás, dentro do programa Inova Petro, lançado nesta segunda-feira. Será lançado em 17 de setembro o edital de chamada pública para que as empresas apresentem os projetos que pretendem desenvolver e apontem alternativas de financiamento.

Entre as opções estão a dotação por subvenção, a liberação de recursos não reembolsáveis, o crédito por meio do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES, com taxa de 4% ao ano, e ainda a participação do banco estatal diretamente no projeto ou na empresa investidora em tecnologia.

"A empresa é que vai montar o que pretende fazer, em quanto tempo e os resultados esperados", afirmou o vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz. O lançamento do edital acontecerá durante a feira e congresso Rio Oil & Gas, que acontecerá no entre 17 a 20 de setembro no Riocentro.

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Inova Petro – O programa de incentivo à cadeia fornecedora para a indústria de petróleo e gás natural, lançado pela Petrobras nesta segunda-feira (Inova Petro), tem o objetivo de incentivar novos polos industriais além do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. Projetos pilotos estão sendo desenvolvido no polo industrial de Belo Horizonte, Salvador e Recife. Ainda foi mencionado o Paraná, como alternativa. "O que não significa que o Rio de Janeiro e São Paulo não possam ser beneficiados", afirmou o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges Lemos.

O Inova Petro foi concebido por um memorando de entendimento entre o MDIC e a Petrobras, com o objetivo de aumentar a competitividade das empresas nacionais. A iniciativa faz parte do programa Brasil Maior.

Case – Na solenidade, a presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou que busca índices melhores de conteúdo local, mas sem comprometer a competitividade e mantendo a disciplina de capital. "O fato é que devemos fazer isso com excelência, competitividade e melhores prazos", disse.

A executiva lembrou que os índices de conteúdo local dentro da companhia cresceram na última década. Na área de exploração e produção (E&P), muitos projetos estão em 65%, ante uma média de 40% a 55% de anos anteriores. No refino, o índice citado por Graça foi de 92%. No gás e Energia, a taxa passou de 70% para 90%. 

Graça afirmou, finalmente, que a companhia não busca 100% de conteúdo local. "Quero saber o que não pode ser feito ainda no Brasil", disse. 

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Fonte: https://www.veja.abril.com.br

 

 

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